segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

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Velhos Tempos: Entrevista com Inimigos da Hp



Estava dando uma olhadinha na internet e por acaso achei essa entrevista com os meninos do Inimigos da Hp bem antiga quando eles estavam fazendo 6 anos de carreira o Léo e Bruninho ainda faziam parte e na época só o Gui era casado. Porem é um entrevista bem legal conta alguns momentos da carreira dos meninos. Espero que gostem.

Então vamos a entrevista:

Em comemoração aos seis anos de carreira da banda Inimigos da HP, o site Lelynho.com.br preparou uma matéria sobre os rapazes que já conquistaram São Paulo e agora conquistam o Brasil. A matéria será publicada em duas partes, a outra metade da entrevista será publicada na semana seguinte e quem quiser conferir ainda mais sobre os Inimigos da HP, visite o site da banda: www.inimigosdahp.com.br
Para quem não tem a dimensão das conquistas e da influência desse grupo de amigos que resolveu fazer pagode para animar às viagens e aos amigos, basta ver o movimento na Vila Olímpia as terças e domingos e ver um público, que até então não conhecia, tendo contato com o pagode. Até mesmo a idéia de tirar fotos na balada e publicar no site já era uma das coisas que a banda fazia, anos atrás.
Felizes da vida com o trabalho e investimento de marketing por parte da gravadora EMI, as turnês estão chegando cada vez mais longe: voltaram do Sul recentemente e a maratona de shows está ocupando a agenda toda. Já tiveram 4 shows em menos de 24 horas. Itu à noite com Ivete Sangalo, Campo de Bagatele para um milhão e meio de pessoas nas comemorações de 1º de Maio, Ermelino Matarazzo também comemorando o dia e, finalmente, o tradicional domingo no Santa Aldeia. É comum a banda tocar em 2 lugares, mas sempre com a responsabilidade de não se indispor com público ou contratante, escolhendo sempre locais distantes um do outro. Já são mais de 30 mil cds vendidos e 15 mil DVD´s.

Confira agora um pouco mais dessa trupe

Lelynho.com.br: Vocês surgiram para fazer um pagode entre amigos. Como que o Axé entrou no repertório de vocês?

Léo: A gente fazia pagode de mesa, tocávamos de tudo, sambas bem mais antigos. A gente apresentou Beth Carvalho, Jorge Aragão, Fundo de Quintal e grupos de samba de raiz, que o pessoal ainda não conhecia, mas acabaram conhecendo através da gente.E foi assim, tocando de tudo, que colocamos o Axé no repertório. Não só eu, mas outros inimigos já passamos Carnaval em Salvador três vezes e fomos a outras micaretas, como Carnalfenas.


Lelynho.com.br: Vocês têm uma ligação muito forte com o Mário Sérgio do Fundo de Quintal, como isso aconteceu e ele virou o padrinho da banda?


Alemão: Pô, essa história é legal. Quando a gente começou a tocar, era muito na zueira ainda. Minha mãe adora música, ela vai muito em barzinhos ouvir música, tem muitos amigos músicos. Ela acabou conhecendo o Mário Sérgio do Fundo de Quintal. E mesmo antes da gente começar a tocar, ele já tinha ido lá em casa algumas vezes. Minha mãe cozinha muito bem e costuma chamar os amigos em casa.Ai quando a gente tava começando, minha mãe, para dar uma incentivada, chamou o Mário Sérgio para jantar em casa, já que ele adora a comida da minha mãe, e aí a gente ficaria conversando, trocando umas idéias.
E nessa, ele veio e ainda comentava com a minha mãe, "Não acredito, que seu filho tá tocando!". Ele disse: "Tem mais é que ir mesmo!". Deu umas dicas pra gente. Sempre o que vai acontecer. E a gente vira e mexe e conversa com ele. Pô, o cara tem uma baita experiência. Pra gente, além de ser uma honra, é legal, porque ele dá uns toques e virou um amigo nosso.
Mário Sérgio, que é o nosso padrinho, Pixote, Batom na Cueca, Sensação, Jeito Moleque, Chorão, Tchakabum, entre outros.
Prado que ia chamar o Sebá na Trivela. Ai mandou 3x.


Lelynho.com.br: Contem pra gente os planos e projetos que vocês tem para o Carnaval 2006?
A primeira é fazer navio, que pára 3 dias em Salvador.
Temos também duas propostas para camarotes. Oceania e um outro, que ainda não sei qual é.
Estamos querendo fazer o Navio, querendo botar um dia de camarote.Mas a vontade de todo mundo é fazer um trio.
É complicado fazer, tem todo um lance de prefeitura e licenças. Como tem muita gente de São Paulo, a gente acha que rolaria fácil. Um dia seria legal fazer.Já falei com o Borgerth(Marcelo Borgerth, dono dos trios Demolidor 1 e 2). Em geral, a gente prefere fazer palco à noite e com iluminação, mas fazer um trio de dia em Salvador, na Barra... E a galera louca quicando lá embaixo. Seria muito legal!


Gui: A gente ainda está estudando as propostas. Nós não sabemos se vamos para ser mais um em Salvador ou se ficamos para ser "os caras", aqui, no Guarujá, interior ou no Sul. De repente, a gente consegue ter um pouco mais de exposição.
Aí num dava. Eu falei "Quer saber? Inimigos na cabeça!". Fiquei um tempo com os Inimigos e depois pintou uma proposta para trabalhar numa empresa de um grupo espanhol, também na área de Marketing, mas quando veio o Lula e algumas incertezas, época de insegurança, os gringos ficaram com medo, dólar disparou, a empresa fechou. Mandou todo mundo embora. Quer saber? É O 2º SINAL!
Ele trabalha num banco, na área de resseguro. E lá exige muito dele. Como ele tem um cargo bom, nós decidimos "permitir" que ele faltasse em alguns eventos da banda. Exatamente porque a gente faz tudo com coerência. Não tem porque ele largar um emprego que ele batalhou, um projeto de vida que ele tem no banco há muito tempo por alguns eventos da banda.
Vamos tocando, até uma hora que ele achar que já pode optar e aí vai ficar por conta dele.
Mas ele está muito animado com o grupo. A cabeça dele, só ele para saber.
O Alemão trabalhou em banco também, mas foi um dos primeiros a sair.
Mas é um trabalho diferente, são horários alternativos. Mas é um trabalho difícil, tão difícil quanto, que você precisa se entregar de verdade e eu espero mesmo poder entrar de cabeça na música. Me dedicar 100% do meu tempo a isso. Eu trabalhei pra isso, eu acredito muito nesse grupo que ainda vai dar muita alegria.
Nem sabem pq. Mas riem.
Se o Cebola vai fazer uma piada, é pra mim, Tocha ou Alemão rirem. A gente costuma dizer, que nós nos divertimos muito mais do que quem ta assistindo.
Um dia o Léo roubou uma calcinha da mãe.
Os caras vão almoçar e o restaurante inteiro chorando de rir.
Enche a mão do cara de creme de barbear e passa uma pena pra ele coçar e ai...
E o Pagode foi o lugar que a gente mais fez amigos e a gente preza isso sempre.
A gente tem as amizades e conforme o tempo e a mídia, os velhos amigos querem tirar foto, pedem autografo. Então é engraçado! E puta novo pra gente. E levamos na moral. Não vejo um grupo de pagode que sempre recebe todo mundo nos camarins.
Coisa de colégio. Mas a gente gosta de falar que eu faço as mulheres chorar. Fazia. Se eu falar isso agora, eu rodo.
Quando um acha legal uma coisa, o outro faz advogado de diabo. Respeito e melhor do grupo. Famosa democracia.
A gente já foi rotulado de várias maneiras e encaramos sempre numa boa.
E foi na época que deu esse boom de Chiclete com Banana e Asa de Águia. O Jammil lançou "Ê Saudade" num Carnaval que eu tava lá. E nessa vontade de tocar, o Sebá já tocava violão, ele pegou umas partituras e começamos a fazer no meio do show, a gente nem ensaiava. Sentava em roda e tocava como se fosse em casa, na época era no Praia da Boa Viagem.
A galera pedia Axé, o Sebá levava as partituras e eu tocava cavaquinho. O pessoal com os instrumentos de pagode, então a gente chamava de "Axé de Roda".

Lelynho.com.br: E os duetos? Quem mais tocou com vocês e deram força?

Léo-Sebá: Mas fazer esse lance de duetos, sempre que aparecem uns caras, a gente chama. Alexandre Pires já foi quando a gente fazia samba de roda no JAVA CAFÉ. Gil da Banda Beijo foi à primeira pessoa do Axé que cantou com a gente.

Alemão: Rosa Maria Colin, Ela é uma pessoa que deu uma força pra gente.

Lelynho.com.br: Como aconteceu aquele dueto do Sebá com o Rei Durval?

Tocha: O Durval já tava tocando "Caça e Caçador" e ele viu a gente no Faustão cantando "Casamento não" e junto do Marcelo Brasileiro (empresário ASA) disse pro Mauricio
E no dia seguinte, ele apareceu no camarote do Santa Aldeia. A gente o convidou humildemente e ele foi na hora. Era ainda na parte do pagode e ele subiu pra cantar com a gente.

Léo: Aí começamos a tremer, era o rei do seu lado. O Bonilha chorava. Ele ficou meia hora com a gente no palco.
O público cantava tão alto, que a gente não conseguia fazer o som passar por cima da voz do público.

Sebá: Foi emocionante, foi um momento maravilhoso na história do Inimigos. Ver a galera inteira cantando. E o menos esperado, foi ele ter ido no dia seguinte no Santa Aldeia pra cantar conosco.

Lelynho.com.br: Vocês estão em evidência e são conhecidos como "Mauricinhos do Pagode". Não são alvos das "Marias Pagodeiras"? A mulherada não cai matando?

Bonilha: Tem de tudo. Tem mulher que cai matando bem intencionada, tem mulher que cai mal intencionada. Tem gente que gosta do nosso trabalho, é fã e gosta da música, tem gente que quer ficar do nosso lado, só porque a gente ta aparecendo. Mas sabemos dividir bem isso.

Cebola: Eles gostam da gente como gosta de qualquer artista.

Léo: Existem 3 idéias.
A gente sabe que o Carnaval é importante pra gente. A nossa música tem a ver. A gente sempre faz micareta, os carnavais que a gente fez no Guarujá ou em Juquehy fizeram bastante sucesso.

Lelynho.com.br: Quando perceberam que a banda já não era só uma brincadeira? O que vocês faziam antes da banda? E a carreira de engenheiros, administradores e publicitários que estavam construindo? Todos já largaram e estão se dedicando à banda?

Bonilha: Logo que a banda surgiu, foi o ano que eu fui morar em São Carlos. Eu comecei a construir umas casas e no ano seguinte o Cebola foi morar em São Carlos comigo e aí a gente montou uma construtora. A gente fez alguns prédios.
Só que na obra, é preciso estar lá sempre, e foi no ano passado que a gente viu que não dava para fazer os dois ao mesmo tempo. Então a gente resolveu parar de fazer a obra.
Aí em 2004, a gente resolveu dar uma raça nos Inimigos, que é o momento, né? Não dá pra gente escolher, o momento é esse. Vamos aproveitar.
Engenheiro eu vou ser pra sempre. O Inimigos da HP tá agora. É mais gostoso trabalhar com música nessa idade, quem sabe em 10 anos eu não queira uma vida mais "normal".

Sebá: Eu trabalhava com Marketing Promocional numa agência e eu fazia evento pra caramba, começou a não bater data. Às vezes, tinha que fazer evento e eu virava a noite e no mesmo dia tinha show.
E eu jogava Rugby também. Joguei 20 anos de Rugby, também tive que largar ano passado, pois começaram a bater datas de jogo, treino e etc. Agora treino, faço minha academia e dedicação total aos Inimigos.

Bonilha: Foi tudo progressivo. O Gui largou o trabalho há coisa de um, dois meses. O Bruno ainda não largou, mas deve largar daqui uns meses.
Nós oito estamos felizes com a gravadora, com o empresário, com tudo. A gente tá progredindo e estamos satisfeitos.
O Gui tava numa construtora, mas ele presta consultoria. Ele acaba fazendo uns trabalhos em casa, na viagem. Não se desligou ainda. Só não tem esse compromisso de horário de trabalho. O Cebola e eu tínhamos uma construtora em São Carlos, que está parada.

Lelynho.com.br: Bruno, como está sendo levar esses dois trabalhos, a banda e o banco?

Bruno: É um pouquinho cansativo pela falta de sono, mas em contrapartida, faz muito bem pra mente, então é uma coisa que acaba te relaxando de uma outra forma, você desliga completamente a mente do seu dia a dia de trabalho e dá mais força para enfrentar o dia seguinte.

Lelynho.com.br: E você vai continuar com os dois projetos? Pretende parar algum deles?

Bruno: Até hoje a minha estratégia sempre foi abrir portas, tanto no banco que eu trabalho, como na banda. E uma coisa que eu sempre falo, o profissionalismo que eu encontrei nesse ramo de música é uma coisa, que comparativamente com o ramo bancário, você vê até um profissionalismo maior. Todo mundo pergunta e você fez a pergunta certa. "Quando você vai parar de trabalhar?". Eu não vou parar de trabalhar em nenhum dos casos.

Lelynho.com.br: Como que o Funk entrou na brincadeira? E como o Cebola foi fazer vocal?


Cebola: Eu e o Tocha inventamos a brincadeira e resolvemos colocar no meio de algumas músicas e começou com um, depois foi para dois e assim foi crescendo. E a gente fez no meio do Show. Assim como o Axé. A gente não testa nada em Ensaio, a gente testa tudo no show. Deu certo!

BONILHA – Tudo começou como uma grande brincadeira e até hoje é uma brincadeira. O pessoal olha gente no palco e diz: “o legal de ir no show de vcs, é q a gente vê vocês se divertindo!”. Não estamos preocupados se o pessoal ta rindo da gente. A gente ta se divertindo.
Ás Vezes, o Cebola faz uma piada de algo que aconteceu na van, que só a banda sabe e quando a gente repara, ta todo rindo (o público).

O público acaba assimilando.

Lelynho.com.br: Como surgiu esse lance da Calcinha Bege, que vocês tanto brincam?

Cebola: O Sebá começou com o lance da calcinha bege e o Léo resolveu entrar no palco, sem ninguém saber com a calcinha bege. Igual a Lacraia.

Bonilha: O sebá falava no funk pra agarrar calcinha rosa, calcinha preta e quando ele falou bege, alguém falou: “Calcinha Bege não!” Ai já mudou o ritmo da música. E ai começou.

Léo: Quando rolou calcinha bege, o pessoal se olhou e começou a tirar sarro. Depois pintou um jogo de luzes e mudar a velocidade da voz, para ficar bem trash mesmo.
Até que um dia eu pensei: Minha mãe tem 60 anos e usa aquelas calçolas. Eu peguei uma dela e vesti por cima da calça no Image. E eu sempre ando pela lateral do palco, tirando onda com umas lycras da Lacraia e naquele dia eu fiz surpresa. Os caras nem conseguiam tocar, todos choravam. O Público ficou louco. Teve gente até que mandou email falando da cueca e eu respondi: É CALCINHA MÊSMO.Virou uma coisa TRASH. É engraçado porque é trash!

Lelynho.com.br: E na estrada? O que acontece de gafes e frias?

Léo: Ai direto! Já anunciamos show do concorrente. Esqueceu o nome do instrumento que o cara tocava.
No ônibus um pinta a unha do outro com esmalte. Eu sempre ando com esmalte na mochila pra sacanear eles. Os caras saem capotados e a gente sempre para pra almoçar na estrada.

Lelynho.com.br: Agora estão aparecendo muita na mídia. Como estão levando esse lance de fama? Tem muitas fãs que fazem loucuras por vocês?

Léo: . Cara, tem as meninas do fã-clube, que acompanham em tudo o que é lugar. Outro dia fomos tocar 300km longe daqui e a garota foi dirigindo sozinha até lá.Tem sempre as meninas que querem invadir o palco, entrar no camarim de qualquer jeito, querem conhecer a gente.

Bruno: Pra mim é um pouquinho menos, do que pros outros. E como eu não tenho muito tempo livre, acabo não sentindo. A família me vê, fica contente e tal. Mas se eu não estou aqui no pagode ou com a família, estou no banco e lá não falamos muito sobre isso. Não dá pra sentir muito.
Quando a gente viaja, principalmente interior, eu me surpreendo um pouco com esse fanatismo, pessoal querendo um autografo ou te encostar, isso é um pouco estranho para mim, bastante. Mas é uma coisa que a gente ta sabendo lidar com bastante humildade, sabemos que não somos ninguém ainda e que temos muito pra trabalhar. Mas ta sendo gostoso.

Lelynho.com.br: E de onde vêm os apelidos de vocês?

Cebola: Se você descobrir, você me conta. (Risos)

Bonilha: Sobrenome
Tocha: Os caras falam que eu sou muito clarinho. Cabelos e pêlos do corpo tudo clarinho. Ainda comprido (alto) e com o cabelo pra cima.

Lelynho.com.br: E vocês estão comprometidos? Como anda o coração dos Inimigos da HP? Podemos falar sobre isso?

Bonilha: O Tocha está enrolado como macarrão. O Gui ta casado. Bruno e Cebola na fila. O resto ta tudo namorando sério, para pegar senha e entrar na fila.

Bruno: Podemos falar sem problema. Vou casar, To casando em Setembro agora. É uma coisa que eu estou planejando faz algum tempo e pela falta de tempo até, to trazendo a minha namorada para morar em São Paulo, pois ela não é daqui. Ela vem morar aqui para me dar mais força ainda, pra gente enfrentar essa caminhada que a gente tem pela frente.

Lelynho.com.br: E a Pirataria? Vocês se incomodam muito com isso?

Gui: Pirataria não tem muito remédio. Eu já vi, conversei com o camelô que tava vendendo. Me apresentei e perguntei se vendia bem, e ele respondeu que o nosso é um dos que mais vendem. Pô, não vou querer ser mais realista que o rei e brigar com o cara no meio da rua. Não cabe a mim, eu não sou policia. E ele não vai devolver o seu CD. Então, não deixa de ser um termômetro tbm, O camelô já te conhece, que ele quer ter o seu cd em estoque. E vi uma estatistica no Jornal da Globo, de que no Sudeste, 50% é venda não oficial. Então se vendemos 30 mil cds oficiais, tem 60 mil cds nossos ai nos rádios, carros das pessoas.
E assim as pessoas se identificam e vão ao Show. Quanto mais gente nós conseguirmos que se identifiquem com o nosso cd, quando lançarmos o 2º, vai ser um sucesso.

Lelynho.com.br: Vocês são um grupo de oito homens de negócio. Como fica na hora de tomarem decisões com relação ao futuro do grupo?

Bonilha: Todo mundo dá a sua opinião e nem sempre são iguais. Mas todas são coerentees e em pró do grupo.

Gui: A gente brinca que as decisões mais simples, boba,besteirinha, a gente faz uma discussão sem fim. Toda discussão séria. Vamos assinar com a gravadora, fazer o show no Unique. Essas são fáceis, pois o tino comercial, o empreendedorismo de todo mundo, sempre acaba conduzindo para um mesmo objetivo. Agora o horário do show, de onde sai a Van, ai é ...

Lelynho.com.br: Já rolou alguma crise entre vocês? Vocês já imaginaram como seria a vida de vocês sem a banda?

Alemão: A gente sempre conversa, discute, às vezes mais sério, às vezes parte para o lado pessoal, mas nunca chegou a desandar. A gente começou a tocar em barzinho para se divertir. Então o máximo que pode acontecer é voltarmos a só nos reunir uma vez por semana para tocar num barzinho.

Tocha: Já parei pra pensar sim, Mais da metade da nossa vida é isso aqui então é difícil imaginar sem a banda. Lembro de como era antes da banda. Mas não dá para pensar muito, a coisa ainda ta crescendo muito. A gente ta graças a deus crescendo. Devagarzinho. Os 8 com certeza vão continuar sendo amigos, se bobear ter um negócio juntos, nem que seja com música ou fora .

Lelynho.com.br: E as criticas? Recentemente saiu uma reportagem nada simpática numa revista de circulação nacional. São mesmo os “Mauricinhos do Pagode”?

Bonilha: Foi à primeira vez q a gente ouviu falar e era mais direcionado ao Jeito moleque. A gente ouviu muito Neo Pagode e Mauricinhos do Pagode. Esse negócio de rótulo é muito...
Fomos o primeiro grupo a levar o samba de roda e o samba pra uma classe social mais alta. E somos um grupo que veio de uma classe social não tão humilde a fazer a música no Brasil inteira rotulada, como um negócio humilde.
Eu não considero a gente uma boys band. Eu considero a gente uma coisa única, talvez que nunca tenha existido mesmo.

Creditos: Lelynho.com.br 


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